E um bocadinho de bom-senso? Não?

Na sexta-feira fui a uma Farmácia pela primeira vez (ok, não fui a uma Farmácia pela primeira vez, mas fui aquela Farmácia pela primeira vez) e quando entrei não reparei que tinha uma máquina de senhas. Estavam duas pessoas a ser atendidas e eu estava sozinha à espera. Passado pouco tempo chegou uma mulher jovem e tirou uma senha. Nessa altura reparei na máquina e revolvi tirar uma para o caso de chegar mais gente ou de a farmacêutica exigir a senha e se gerar a confusão. O cliente que estava a ser atendido saiu e eu avancei (a farmacêutica não chamou a senha) e assim que faço o meu pedido ouço a tal senhora que tinha chegado depois de mim mas que tinha a senha antes da minha dizer: “Eu estou primeiro!”. Não queria acreditar no que estava a ouvir! A dita senhora chegou depois de mim e queria passar-me à frente porque eu não tinha tirado a senha? Eu compreendo que as máquinas das senhas estão lá para alguma coisa e, se estivesse mais gente à espera ou se a farmacêutica tivesse chamado a senha, eu nem tinha avançado e esperaria pelo meu numero para não criar conflitos, mas naquele caso éramos a únicas duas clientes e eu não ia comprar a Farmácia inteira a ponto de atrasar a senhora para os seus afazeres! Escusado será dizer que a farmacêutica nem lhe deu importância e continuou a atender-me mas o que é digno de registo aqui é a falta de flexibilidade de algumas pessoas e a propensão para arranjar confusão, talvez uma forma de se libertarem de algum tipo de frustração das suas vidas!

Mas os encontros imediatos com pessoas alteradas não ficam por aqui…

Hoje, cheguei ao escritório e, como sempre, digo “Bom Dia” a todas as pessoas com quem me cruzo até chegar à minha cela (nome carinhoso pelo qual chamo a minha sala). A segunda pessoa a ser agraciada por tal cumprimento é, habitualmente, a telefonista e hoje não foi excepção. Disse-lhe “Bom Dia”, a senhora respondeu mas quando seguia alegremente o meu caminho, ouço nas minhas costas com um ar super agressivo: “Então? Nem me responde?”. Parei, voltei-me meia em choque e disse: “Desculpe?!”. Resumindo, a senhora não ouviu o meu “Bom Dia” e assumiu que eu não a tinha cumprimentado, nem me deu o benefício da dúvida e começou a disparatar como se não houvesse amanhã. Eu expliquei-lhe que a tinha cumprimentado, antes dela o fazer e que ela me respondeu e eu segui viagem. Quando cheguei à cela a senhora liga-me a pedir muitas desculpas pela forma como tinha falado comigo mas que não tinha ouvido o meu “Bom Dia”. Claro que não fiquei chateada nem irritada com a senhora, há coisas bem mais importantes para me preocupar, mas que tal parar um pouco para pensar antes de começar a mandar vir? Dar o benefício da dúvida, nem lhe passou pela cabeça que pudesse ter sido ela que não ouviu…

É só gente doida e stressada!! :)

Comentários

Anónimo disse…
Estamos num mundo de seres fantásticos, quando digo fantásticos quero mesmo dizer seres de outro mundo.
Se as pessoas olhassem um boacdo a volta antes de abrirem a boca... não custava nada.

ainda para mais gente nova se fosse uma pessoa mais velha.

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